domingo, 10 de agosto de 2014

ESCOLA FLUTUANTE É CONSTRUÍDA PARA RESISTIR AS ENCHENTES EM ALDEIA AFRICANA

A região de Makoko, na Nigéria é conhecida por suas constantes enchentes que assolam a população e limitam o crescimento da cidade portuária. Seus 250 mil habitantes, há décadas, tentam se adaptar as condições ambientais adversas e assim, sobreviver as intempéries.
Para ajudar a população a lidar com o constante problema dos alagamentos, o arquiteto nigeriano Kunle Adeyemi teve uma grande ideia que faz com que mesmo com enchentes, a educação às crianças locais não seja interrompida. Adotando os conceitos da arquitetura sustentável, Kunle, com a ajuda do estúdio NLE, desenvolveu um modelo de escola flutuante auto sustentável que sobrevive aos fenômenos ambientais sem deixar de oferecer condições básicas como saneamento, água potável e destinação de resíduos.
Utilizando 256 tambores reaproveitados dispostos em uma base de 32 m², o arquiteto projetou o primeiro exemplar de seu modelo de escola flutuante. Com 10 metros de altura e 3 pavimentos, a escola tem uma estrutura feita com madeira encontrada na região de modo que o impacto da construção fosse reduzido. No pavimento térreo foram dispostos o playground, área de lazer e jardim. Já no pavimento intermediário, ficam localizadas algumas salas de aula. No terraço, encontram-se espaços para aulas ao ar livre.
Para manter a escola funcionando de maneira eficiente e sem a necessidade de serviços de energia e água, o arquiteto optou pela instalação de placas fotovoltaicas que geram toda a energia consumida na escola e um sistema de captação de água da chuva que abastece os banheiros.
Cada escola flutuante recebe até cem alunos, com idades que variam de 4 a 12 anos, que para chegar a escola, utilizam barcos que as levam do porto e depois retornam no final do dia de aula.
O interessante é que, segundo o arquiteto, a construção da Makoko Floating School custou menos do que se fosse construída em terra firme. Além disso, contribui com o reaproveitamento de centenas de resíduos plásticos. O modelo ficou conhecido pelo mundo e pode ser a solução para os problemas de diversas regiões costeiras africanas que sofrem com enchentes e inundações.

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